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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Exemplo de fé - Martinho Lutero - Hino Castelo Forte

Blog Uma vida cristã - Exemplo de fé - Martinho Lutero

Bom dia!

        Após algum tempo sem postagens estamos retornando hoje e aproveitando que semana passada foi o Dia da Reforma Protestante gostaria de destacar um pouco sobre um dos reformadores, Martinho Lutero.

        Semana passada estava com um hino na cabeça e fui fazer uma pesquisa sobre a história dele e qual não foi minha surpresa quando vi que foi Martinho Lutero quem escreveu a letra e a música dele e ainda mais surpreendente foi o momento em que esse hino foi escrito. Realmente esse hino é uma declaração de fé de Martinho Lutero ao Senhor.

        Pra mim a partir desse conhecimento o hino passou a ter um significado muito maior, pois ele não é apenas uma "música gospel" entre tantas outras, mas sim foi escrito por uma pessoa que estava realmente passando por momentos muitos difíceis e que depositou toda a sua confiança no Senhor. Me senti fortalecida!

        Por esses motivos resolvi compartilhar com vocês um pouco do que aprendi, vamos lá!


A história por trás da composição do Hino Castelo Forte

        O Hino Castelo Forte foi composto por Martinho Lutero em 1529, no momento mais sombrio da Reforma Protestante. O Imperador Carlos V perseguia os protestantes, os quais foram declarados pela Igreja Católica como inimigos da fé católica. O próprio Lutero tinha a sua cabeça a prêmio, sua vida corria perigo, muitos adeptos da reforma foram queimados em praça pública por desafiar a Igreja Católica.

        Mesmo com a fúria do Papa Leão X e com a perseguição implacável do clero católico e do poder político da época, Lutero e seus amigos reformadores não desistiram, prosseguiram no ideal de levar o Evangelho genuíno de Jesus Cristo a custa de suas próprias vidas.

        É nesse ambiente de turbulência, perseguição e dor que Martinho Lutero compõe o hino Castelo Forte considerado uma verdadeira confissão da fé em Deus no momento da tribulação. Mesmo com a sua vida em risco, Lutero não negou o seu Deus, não negou o Evangelho de Jesus Cristo e lutou com todas as suas forças para levar o conhecimento da verdade a todos.

        Castelo Forte revela a fé inabalável de Lutero no Senhor, a sua confiança nas Sagradas Letras e a sua certeza de vitória contra as adversidades que se levantam quando pregamos o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo.

Blog Uma vida cristã - Exemplo de fé - Martinho Lutero        No tempo da Reforma, “Castelo Forte” divulgou-se rapidamente, tornando-se hino nacional da Alemanha protestante. Insistentemente cantado por Lutero e seus companheiros, igualmente o foi nos lares, nas ruas e no campo, infundindo coragem aos fracos e incentivando os heróis a novas conquistas na tremenda luta em que se empenhavam. Ontem, como hoje, se mantém atual pelas profundas verdades que encerra e pela segurança que infunde ao crente através de vibrantes versos.

        Castelo Forte é um presente de Deus através da instrumentalidade de Martinho Lutero. A letra arrebatadora resume em poucas estrofes intensa reflexão. Numa breve meditação devemos arguir a nós mesmos: Castelo forte é nosso Deus ou é a minha igreja ou o meu braço ou a minha inteligência ou o meu dinheiro ou o meu status ou a minha auto-suficiência? Tem sido Deus Espada e bom escudo ou tenho me defendido das intempéries com as minhas argumentações autônomas impiedosas e injustas? Tenho me refugiado no bom escudo ou tenho me exposto a todo tipo de ataques insensivelmente como um leproso à beira do fogo?

        Muitas vezes a Igreja pós-moderna age como se Deus não fosse mais o Senhor soberano da Providência, Aquele que cuida da Igreja e defende Seu povo! Demasiadamente a Igreja atual parece confiar muito mais nas suas próprias estratégias administrativas e políticas. Uma Igreja que se adapta aos costumes dos tempos com medo de se sentir fora de moda ou de simplesmente fechar suas portas! Com isso a pregação (ou fábula!) se amolda ao gosto dos ouvintes, a sã doutrina igualmente se acomoda existencialmente e a disciplina se afrouxa e se ajusta aos “donos” da Igreja! Os ajustes eclesiásticos são muitos e diários para tentar sobreviver ao caos pós-moderno, quando na verdade, a Igreja deveria tão somente confiar em Deus e não abrir concessões quando a Palavra do Senhor estiver em questão!

       O texto é baseado no Salmo 46, "Deus é nosso refúgio e fortaleza..." Heinrich Heine referiu-se a esse hino como a "Marselhesa" da Reforma Protestante. Johann Sebastian Bach utilizou sua melodia como tema da Cantata BWV 80, cantata em homenagem à Reforma. Felix Mendelssohn-Bartholdy empregou-a no último movimento da sua 5ª sinfonia (Sinfonia da Reforma), considerada por muitos como uma obra-prima.

        Na ópera "Os Huguenotes" de Giacomo Meyerbeer, é utilizada diversas vezes como Leitmotiv. É também citada na ópera "Friedenstag", de Richard Strauss e foi também utilizada por Wagner em “Kaiser-Marsch”.

        Este hino, escrito em Coburg, foi o chamado à batalha de Lutero. James Moffatt chamou-o de “o maior hino , do maior homem, do maior período da história da Alemanha”. Foi cantando com emoção e sinceridade ao longo desses quase quatro séculos, em milhares de línguas. Define até onde podemos confiar em nosso Castelo Forte, nosso Escudo e Boa Espada. Mostra, também , quem é o nosso inimigo;o Tentador, com seus demônios, contra os quais em nós mesmos não há força para resistirmos. Mas, Cristo o venceu na cruz. Quem nos defende é o Senhor dos altos céus, o próprio Deus. O grande acusador cairá com "uma só palavra".

        Martinho Lutero (1483-1546) é conhecido como o Apóstolo da Reforma, ele foi também o pai do canto congregacional, pois antes disso a congregação não tinha o costume de cantar hinos. Os poucos hinos que havia eram cantados em latim, somente pelos oficiais da igreja. Foi ele que introduziu o cântico por toda a congregação!

        A letra e a música de Lutero, este cântico espalhou-se por toda a Terra e tornou-se o hino oficial da Alemanha Protestante. Era cantado diariamente por Lutero e por seus companheiros. Até os inimigos da Reforma diziam: “O povo inteiro está cantando uma nova doutrina”. Assim, este hino cooperou muito no desenvolvimento da Igreja cristã naqueles dias.

        O exército de Gustavo Adolfo cantou-o antes da Batalha de Leipzig, em Setembro de 1631.

        O mais antigo hinário existente, em que este hino aparece, é o de Andrew Rauscher (1531), mas é provável que ele figurasse no hinário de Wittenberg, de Joseph Klug, de 1529, do qual não existe cópia. Seu título era Der xxxxvi. Psalm. Deus noster refugium et virtus.

        O hino foi cantado na Catedral Nacional durante o funeral do Presidente dos Estados Unidos Dwight David Eisenhower.

        Uma versão de "Castelo Forte" foi usada como tema de um seriado de programa infantil de TV Davey and Goliath (Davi e o Gigante Golias), produzido pela Igreja Luterana dos EUA.

        Parte dele pode ser ouvido no filme feito para a TV A Separate Peace.

        No desenho animado Os Simpsons, a campainha da porta de Ned Flanders, o alegre devoto religioso, vizinho de porta, às vezes toca "Castelo Forte é nosso Deus."

        Após conhecer um pouco mais sobre a história do hino vamos à sua letra:


Blog Uma vida cristã - Exemplo de fé - Martinho Lutero


Hino Castelo Forte

Castelo forte é nosso Deus,
Espada e bom escudo!
Com seu poder defende os seus
Em todo transe agudo.
Com fúria pertinaz
Persegue Satanás
Com ânimo cruel!
Mui forte é o Deus fiel,
Igual não há na terra.

A força do homem nada faz,
Sozinho está perdido!
Mas nosso Deus socorro traz
Em seu Filho escolhido.
Sabeis quem é? Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus,
E sendo o próprio Deus,
Triunfa na batalha.

Se nos quisessem devorar
Demônios não contados,
Não nos iriam derrotar
Nem ver-nos assustados.
O príncipe do mal,
Com seu plano infernal,
Já condenado está!
Vencido cairá
Por uma só palavra.

De Deus o verbo ficará,
Sabemos com certeza,
E nada nos assustará
Com Cristo por defesa!
Se temos de perder
Família, bens, prazer!
Se tudo se acabar
E a morte enfim chegar,
Com ele reinaremos!




        Era essa a certeza que Lutero tinha em Seu Deus, inabalável, sem sombra de dúvidas, a ponto de não temer a morte. Nesses dias de cantores gospel com suas músicas carregadas de emoção e que muitas vezes são contrárias aos ensinamentos do Evangelho, Castelo Forte nos remete a verdadeira adoração, uma adoração sem mascarras e sem fingimento. Uma adoração em espírito e em verdade.

        Minha oração é que nesses dias a verdade do Evangelho, pela qual os reformadores derramaram suas vidas, seja o motor dos verdadeiros servos do Senhor Jesus Cristo para denunciar o falso evangelho e levar a todos os homens o Evangelho tal qual ele foi pregado pelo Nosso Salvador.



       Fique com Deus!



bjsss

Blog Uma Vida Cristã - www.uma-vida-crista.blogspot.com.br







Fontes:
        www.peregrinodoevangelho.blogspot.com.br
        www.wikipedia.org
        www.gracaesaber.com
        www.musicaeadoracao.com.br
        www.novocantico.com.br

terça-feira, 5 de julho de 2016

Panorama do Livro de Juízes - Estudo Bíblico

Panorama do Livro de Juízes - Estudo Bíblico


Boa tarde!

         Vamos começar nossos estudos bíblicos pelo Livro dos Juízes! Vou colocar um resumo com algumas informações do Livro e vamos fazer devocionais diárias como forma de estudos sobre o livro.


        Livro dos Juízes
         O Livro de Juízes é um livro histórico.
       
         A época em que se passa a história contada no Livro de Juízes é uma época de decadência e fraqueza dos impérios egípcio, hitita e assírio e isso provocou um vazio no poder. Em Canaã, Israel era uma nação emergente, minúscula - na verdade, não passava de uma confederação de tribos... Canaã era uma terra de grande importância, situada na interseção de três impérios, era habitada por uma mistura extraordinária de povos e religiões. Era considerada a via de ligação do mundo antigo.  

         O Livro de Juízes registra a história de Israel desde a morte de Josué até a liderança de Samuel e o início da monarquia, por volta de 1050 a.C. Se os mandatos de todos os juízes fossem somados, o Livro de Juízes compreenderia  um período total de mais de 400 anos, apresentando, assim, uma dificuldade cronológica. Uma solução para essa questão é considerar que os juízes provavelmente foram libertadores locais, cujos mandatos ocorreram simultaneamente. Em alguns casos excepcionais, como o de Débora, essa liderança foi exercida  a nível nacional. Aliás, Débora, foi a única juíza de Israel!! Os outros foram todos homens!

         O Livro de Juízes descreve a história de Israel de um ponto de vista teológico ou espiritual. Registra um dos períodos mais sombrios da história de Israel, descrevendo-o com honestidade sem nenhuma tentativa aparente de esconder os fracassos repetidos do povo de Deus. Israel começou a se mostrar infiel a Deus quando não tomou posse da Terra Prometida conforme Deus havia ordenado.

         Depois da morte de Josué, uma geração adúltera de israelitas deixou de amar e obedecer a Deus e a sua lei e colheu as consequências dolorosas de sua desobediência. Deus disciplinou seu povo permitindo às nações vizinhas escravizar e oprimir Israel. No entanto, o Senhor se mostrou fiel e, junto com as provações, instituiu líderes para libertar seu povo: os Juízes!

         O Livro de Juízes mostra que a obediência ao Senhor resulta em bênçãos, enquanto a desobediência traz castigo. O Senhor é identificado como Juiz Soberano de seu povo (Juízes 11:27).

         No Livro de Juízes, a fidelidade de Deus à sua aliança e ao seu povo prevalece apesar da infidelidade de Israel. O amor de Deus para com seu povo é revelado em sua disciplina paciente.

         A falta de paz na Terra Prometida era resultante da desobediência do povo à Aliança (Deuteronômio 12:9; 28:65). As gerações depois de Josué não ensinaram seus filhos sobre a aliança de Deus e sofreram consequências espirituais, políticas, sociais e econômicas desastrosas. A falta de uma liderança justa resultou numa situação caótica e no colapso da justiça na terra.

         Deus usa pessoas dispostas a serví-lo não obstante seu contexto de vida. Alguns dos líderes escolhidos por Deus não correspondiam ao perfil esperado: Débora, uma mãe de família; Gideão, um idólatra arrependido; Sangar, um estrangeiro; Jefté, um filho ilegítimo. Líderes como esses desafiaram as expectativas políticas e culturais e as tradições. Como Deus soberano, o Senhor está no controle da história e opera na vida diária de seu povo.

         Título
         O título do Livro de Juízes (hebraico: shophetim, grego: kritai) é o mesmo da Vulgata (latim: Liber Judicum). O livro apresenta  os líderes militares conhecidos como juízes, os quais Deus levantou para livrar Israel da opressão do inimigo. O governo dos juízes não era hereditário, pois o próprio Deus os escolhia e lhes dava poder.

         Autor
         Apesar do livro não conter nenhuma declaração explícita de autoria, a tradição atribui a Samuel.

         Data
         Alguns estudiosos consideram o Livro de Juízes uma série de histórias compiladas por indivíduos anônimos  durante o exílio, em algum momento depois de 586 a.C. Para a maioria dos estudiosos cristãos, o Livro de Juízes foi escrito nas primeiras décadas do período monárquico que se iniciou por volta de 1050 a.C.
         Várias evidências corroboram essa data mais antiga:
         1 - A referência aos jebuseus em Jerusalém  indica uma época anterior à conquista da cidade por Davi (Juízes 1:21; 2 Samuel 5:6-7).
         2 - A menção da presença dos cananeus em Gezer sugere uma data anterior àquela em que o Faraó deu a cidade à sua filha como dote, por ocasião de seu casamento com Salomão (Juízes 1:29).
         3 - A proeminência de Sidom em relação à cidade de Tiro corresponde a um período anterior ao século doze (Juízes 3:3).

       

         Existem muito mais coisas a se falar sobre o Livro dos Juízes, mas fica para um próximo estudo!! Espero que você tenha conseguido ter um panorama geral do Livro de Juízes e esteja preparado para estudarmos juntos o livro, com as devocionais!!

         Fique com Deus!

Blog Uma Vida Cristã - www.uma-vida-crista.blogspot.com.br


 





         Fonte: A Bíblia da Mulher: leitura, devocional, estudo: Sociedade Bíblica do Brasil.